"A Dieta Gracie", por Rorion Gracie

sábado, janeiro 26, 2013 Sidney Puterman


O que mais pode querer um livro sobre dietas do que modificar os hábitos alimentares dos seus leitores? Pois foi o que o “A Dieta Gracie” acabou de fazer comigo. Não pretendo abordar as prescrições, combinações e ingredientes sugeridos – uma divulgação e orientação que cabe ao livro, e não ao leitor. Mas o ponto crucial  do livro de bolso de Rorion Gracie é revelar que o ato de comer é muito mais importante do que poderíamos imaginar – e olha que dou enorme valor à alimentação criteriosa. O autor leva essa necessidade ao status de culto à saúde e ergue seu templo ao processo digestivo, por meio do controle da acidez. Precedendo à ingestão, ele nos faz ver que selecionar, comprar e preparar alimentos merecem ocupar um espaço muito mais importante na nossa rotina do que preconizam a cultura do fast-food, ilusória com sua atraente praticidade, preço e sabor. Diligente, já estou iniciando minha experimentação e minha adaptação à dieta sugerida - não cogito me subordinar integralmente a ela, mas não estigmatizo tal possibilidade. Viso adicionar partes que me pareceram inquestionavelmente boas e avaliar a adoção de algumas outras (metódo, aliás, sugerido pelo autor). Mas o início me pareceu promissor. Vamos ver até onde vou. Minha mulher também gostou; crucial para um eventual sucesso no seguimento da dieta. Minha sogra aprovou e encomendou o livro. O estilo de vida saudável proposto por Rorion e pelos Gracie é legitimado pelo inegável sucesso da família, em breve completando 100 anos de protagonismo atlético e esportivo. Através do seu livro, o que eles nos sugerem comer é o que todos eles comem todos os dias, durante a vida inteira – como o fizeram seus pais e hoje também fazem seus filhos e netos. Mesmo que as combinações exijam muito de nós, simples mortais, para não fugirmos ao estipulado nas tabelas, é irresistível tentar. E, cá pra nós, pelo que estou provando, parece bom (hoje mandei ver no sanduíche Renergia, nutritivo e delicioso). Não é à toa que deu certo.

Editora Benvirá, 174 páginas

Sidney Puterman

Some say he’s half man half fish, others say he’s more of a seventy/thirty split. Either way he’s a fishy bastard.

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