"Os Irmãos Karamabloch", por Arnaldo Bloch
Um livro de ler lambendo de bom. Uma judeuzada divertida, que escapou corrida da Rússia e acabou dando as caras no Brasil – onde, aos trancos e barrancos, ergueram um império das comunicações e fizeram parte do contexto sócio-político do país durante umas três dezenas de anos. Quem já era gente nas décadas de 60 e 70 sabe o prestígio da revista Manchete e da Fatos & Fotos. E que no início dos anos 80 geraram o monstrinho sedutor chamado TV Manchete, que se tornou a menina dos olhos do Karamabloch alpha e fez ruir tudo aquilo que – sabe-se lá como ou, melhor, sabemos como agora - tinha sido erguido. O ritmo, a troça, a pesquisa e tudo o mais revelam um sobrinho-repórter muito melhor do que o velho Adolpho poderia imaginar. Em um trabalho de reconstituição admirável (incluindo uma visita ao país natal dos avós), o ex-nerd e ex-foca revela com quantas dívidas, desvarios e compadrios se constrói um grande grupo de comunicação - e como sabe ser engraçada uma boa e gananciosa família judia. Bons tempos.
Companhia das Letras, 338 pgs
Divertido quando a numerosa família se reunia para longas temporadas na super casa de Teresópolis.
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