"Hotel Yoga", por Maura Moynihan
Comprei pra ler na mata, em um hotel hare krishna. Gosto dessas obviedades. Quem deu a dica do livro foi a Cora Ronái, na coluna dela em O Globo. Sempre fui fã do pai, a filha manda bem, sendo assim… sigamo-la. Mas o texto é ginasiano. Os personagens de todos os contos se parecem – são seis contos, e, vá lá, o primeiro tem seu charme. Com favor. Já os demais oscilam entre o banal, o clichê e o insuportável. Em suma, o que temos são americanos de embaixada, entediados na futilidade da própria riqueza, chafurdando no esoterismo de uma recorrente imundície indiana. Angustiados, vagueiam em busca do Nirvana, enquanto amaldiçoam o fedor das ruas. Já eu avanço pelos parágrafos e nada me diz respeito. A sensação é a de que você está andando em círculos dentro de um quarto escuro, com incensos adocicados e enjoativos. A autora é chata. A Índia é quente. Cora Ronái me paga.
Editora Seoman, 212 pgs
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