"14", por Jean Echenoz
Jóia delicada - e afiada. Mal posso imaginar de onde saiu o talento exuberante deste Echenoz. Sua descrição singela dos habitantes da pequena cidade francesa, cujos jovens são súbita e empolgadamente convocados para defender a pátria na Primeira Guerra Mundial, é inebriante como perfume derramado. Ainda mais sedutor com sua bela capa, o livro, mínimo, de 15 curtos capítulos, é elegante, sarcástico e impiedoso. Mais não falo, para evitar um spoiler que esta quase obra-prima (um dos capítulos - justo o final - me pareceu aquém) não merece. Se você aí gostar de um bom texto, pode colocar este aqui na sua lista. Ao contrário do sujeito encarapitado lá atrás, nem precisa pensar.Editora 34, 127 páginas
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