"A origem dos nomes dos países", por Edgardo Otero
Antes de mais nada, se você quer saber a origem dos nomes dos países, vá à internet. Tudo o que você encontra nesse livro, vai encontrar lá, com os acréscimos que você gostaria. Mapas, fronteiras, imagens, dados sócio-demográficos – tudo tem na web. Nada tem no livro, apesar das quase 500 páginas em letra miúda. No livro tem muito, sim, mas do que não interessa. Os textos são descompensados. Enquanto as gloriosas Órcadas (do Norte e do Sul) se esparramam por quatro páginas, a Áustria, de tanto peso na história européia de meados do século XIX à metade do século seguinte, se limita a meia página. Dá pra dedicar oito vezes mais espaço às Órcadas do que ao Osterreich, coração do Império Austro-Húngaro? Pois é – e não só: a parva obra é um festival de citações irrelevantes. Nos textos sobre cada país, a cronologia se arrasta por períodos sem importância alguma, liga o turbo e salta 800 anos… para estacionar em outra passagem aleatória. Lendas insossas preterindo fundamentos históricos. Por isso, não faça como eu. Economize seu tempo. Pesquise o que quiser saber na internet. Seu resultado vai ser melhor - mais rápido, mais barato e mais decente. Em tempo: não me pergunte por que cargas dáguas comprei essa tralha. Sei lá. Compulsão por livros dá nisso. Não é à toa que dizem que todo vício faz mal à saúde….
Panda Books, 484 pgs
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