"O homem que aprendeu o Brasil", por Ana Cecilia Impellizieri Martins

quinta-feira, setembro 14, 2023 Sidney Puterman


O professor, tradutor, ensaísta e escritor brasileiro Paulo Rónai nasceu húngaro em Budapeste. Uma terra pátria que lhe foi hostil, contaminada por séculos de conflitos e preconceitos. Se houvesse permanecido, o país natal lhe mataria. Paulo fugiu. No Brasil se tornou imortal.

Aqui Paulo Rónai foi grande por inúmeras razões. Mas a catástrofe da qual escapou por um triz foi o cemitério de milhões de outros, também grandes - humanistas, intelectuais, cientistas, pensadores. Como, por exemplo, ignorar o tamanho do tcheco Petr Ginz, no país vizinho, artista brilhante, assassinado adolescente, aos 14 anos em Therensienstadt, por ser judeu? Foi assim. Todos mortos. 

"O homem que aprendeu o Brasil" esteve entre os poucos que conseguiram construir sua fuga para a sobrevivência. Por isso, vou tirar proveito da preciosa biografia assinada por Ana Impellizieri. Ela narra em detalhes a valente trajetória de Paulo Rónai. Escapou, deixando para trás, sob uma sombra negra, a Europa. E o vulto projetado sobre Paulo era, hoje sabemos em detalhes, o Holocausto.

A fábrica da morte.

A Hungria da década de 30, de onde saiu Pál (seu nome de batismo), era um país sem protagonismo. Uma nação sem brilho, frágil e decadente, após a dissolução do Império Austro-Húngaro. Era assim desde o fim da Primeira Guerra Mundial. Até então cumpria seu papel de agregada da Áustria e capital multi-étnica. O desmembramento largou-a órfã. Empobrecida.

Com o início da Segunda Guerra Mundial, o governo húngaro resolveu atrelar o país à Alemanha de Hitler. E, entre outros desvios morais, adotou, à húngara, a política racial nazista.

Em cada um dos países aliados (ou invadido pelos alemães) o protocolo de tratamento aos judeus tinha suas peculiaridades. Por intermédio de Paulo - um jovem estudioso, literato e professor de idiomas -, flagramos o destino reservado lá aos judeus húngaros, quando a guerra irrompeu.

A enorme comunidade judaica de Budapeste não foi segregada pela força de leis étnicas rigorosas, como em Berlim, nem cercada, como na guetificação em Varsóvia. Mas foi coagida e submetida a restrições legais e à detenção em um campo de concentração, em uma ilha no Danúbio.

(Falando assim parece idílico, não? Uma ilha no Danúbio soa bem romântico. Só que não.)

Vale frisar que o campo de Háros-Szigeti, embora rigoroso, não era inumano. Lá, os judeus homens, à exceção dos idosos, eram convocados para um "serviço militar", que se restringia a serviços subordinados à própria administração da prisão e a trabalhos forçados - mover uma montanha de pedras para acolá e depois trazê-las de novo para cá. Pitoresco é que tinham direito a licenças semanais, que autorizavam seu retorno temporário (por 24 ou até mesmo 48 horas) às suas casas.

Era, como temos no Brasil, uma saidinha - só que lá quem saía não eram criminosos, eram vítimas.

Era nestes períodos que Paulo avançava em seu projeto de conseguir a documentação necessária para emigrar. Não só precisava da autorização da burocracia húngara, como da aceitação do país de destino e de todos os demais países pelos quais viesse a passar em sua viagem.

Eu, que - por ignorância - desconheço a fina flor da cultura húngara, vou me valer de novo do vizinho tcheco para fazer um paralelo: Paulo enfrentava as exigências de uma papelada kafkaniana para obter o interminável rol de documentos demandados para um judeu que quisesse dar o fora.

[Lembrando que 1) a política étnica de genocídio somente seria posta em prática a partir de 1942; e 2) à Hungria, enquanto durou sua condição de aliada, não era imposto o mesmo esquema de prisão, espoliação e expatriação dos judeus para os campos de extermínio na Polônia. Isso só veio depois, no último capítulo da saga genocida de Adolf Eichmann. Essa história já contei aqui no blog.]

E neste interregno, neste pântano social, Paulo nos assombra com sua fortaleza, equilibrado frente à ameaça potencial de ser morto pelo seu próprio governo e pela recusa dos países do mundo em recebê-lo; sendo ambas, a ameaça e a recusa, derivadas do fato aleatório de ter nascido judeu.

A capa traz uma foto desconcertante do período, tirada no tal campo de de trabalho. Nela Paulo estava fazendo o que mais gostava: lia. Certamente uma foto posada (eu, tal e qual o professor, tenho essa mania; e a tecnologia já me permitiu centenas de fotos lendo meus livros mundo afora).

Mas o doce hábito da leitura não era a rotina desfrutada por Paulo na sua sentença de confinamento. Embora, por sua cultura e desembaraço, tenha conquistado nos seis meses de detenção um posto fisicamente menos exigente do que carregar pedras, muitas vezes teve que fazê-lo - e, pior, não raro sob chuva, em pleno inverno húngaro. 

Vendo-o aí, preso pelo regime magiar-nazista por ser judeu, espanta o quanto Paulo foi visionário. Determinado, metódico, jamais abriu mão de cada pequena costura. Encurralado, com a água já na altura do peito, não se permitiu o luxo do desespero. Era de tirar o chapéu, esse Paulo Rónai.

Atente que, desde muitos anos antes da aliança da Hungria com a Alemanha nazista, Paulo já vinha cerzindo sua aproximação com o Brasil. Utilizou a maior arma (talvez a única) que dispunha: seu talento para a literatura e para os idiomas. Sem conhecer patavina de português, se valeu de um livro de poemas e de um dicionário alemão-português para decifrar a nossa língua. E não parou mais.

O pau comendo na Europa, Hitler invadindo a Áustria, os Sudetos, a Tchecoslováquia, e Rónai ralando na sua obsessão em conseguir livros do Brasil, traduzi-los e se corresponder com jornais e escritores brasileiros. Se oferecia para publicar os poetas brasileiros em húngaro, e azeitava suas relações, frequentes, com a embaixada brasileira na Hungria e em outros países europeus. 

Chegou mesmo a se tornar professor de francês do embaixador brasileiro.

Pedrinha a pedrinha, como quem diligentemente calceta uma estrada com pequenos seixos, Paulo foi pavimentando sua (ainda balouçante) ponte para o Brasil. Ana Cecilia Impellizieri, minuciosa, nos relata cada movimento seu naquele jogo de xadrez às cegas.

Entrementes, para aflição de Paulo, o supracitado confinamento na ilha aconteceu. A boca do funil se estreitava. Enquanto isso, nenhuma de suas muitas combinações gerava o trampolim que precisava. O cerco se fechava, a guerra avançava e a legislação brasileira criada pela ditadura getulista proibia, na prática, o desembarque de judeus no Brasil.

Haveria tempo? O ano de 1940 chegava a seu fim e Paulo, por mais que temesse a permanência, não tinha ainda como imaginar o fim atroz reservado àqueles que não conseguiriam a fuga.

Mas havia uma carta na manga. A extensa rede de contatos mantida por Rónai com intelectuais brasileiros, muitos deles ligados ao governo, e também com jornais e editoras, culminou numa carta dirigida ao próprio Getúlio Vargas e, enfim, em um (redentor) convite oficial do governo brasileiro para que o professor húngaro Paulo Rónai viesse ao Brasil. O intuito era professar palestras e engendrar um projeto de futura disseminação da literatura brasileira na Hungria.

Com o convite tendo chegado à diplomacia brasileira em Paris (a embaixada em Budapeste havia sido desativada), Paulo conseguiu enfim tirar seu passaporte e obter os vistos para sair do país e para entrar no Brasil. E ainda faltavam as autorizações para cruzar os demais países até Portugal...

Paulo Rónai enfim partiu, deixando para trás os familiares e a noiva, Magda. Era um caminho de mão única. Indesejado, no seu passaporte húngaro estava carimbado: "Sem validade para retorno".

As tantas amizades, os tantos poemas traduzidos, os livros lidos, as dezenas, centenas de correspondências trocadas, os elos construídos, os relacionamentos sedimentados - o abnegado homem das letras de Budapeste enfim decifrou o enigma para o Eldorado.

A sua chegada ao Brasil e seus meses - e anos subsequentes - são destrinchados no belo trabalho de Impellizieri. Apesar da rápida (para nós, né) aclimatação e do seu sucesso profissional no país, das conexões importantes que conquistou, nem todos a quem amava Paulo logrou resgatar da Hungria.

Lá e cá Paulo se manteve à beira do precipício emocional, sempre a um tropeço da queda, da notícia (ou falta delas) de que os seus se perderam. Jamais, porém, esmoreceu. "Trabalho para agradecer o destino", veio a dizer mais tarde. Ele sabia que devia tudo à sua capacidade de tradutor - mas ela de nada serviria sem sua obstinação. 

"Não lhe devo a rigor a própria vida?" credita o próprio Paulo. Foi traduzindo os poetas brasileiros que Rónai lançou sua corda para escapar do abismo. Muito antes de conhecê-los pessoalmente, fez deles colegas, amigos, almas gêmeas. Trabalhou por eles - e eles o salvaram. Primeiro, o próprio Paulo; depois, sua mãe, duas irmãs e os dois cunhados.

(Com a noiva, casou-se por correspondência, para favorecer as encruadas possibilidades de obter sua entrada no Brasil. Quando conseguiu, era tarde. Os nazistas chegaram antes.)

Para o pai não houve tempo. Em junho de 1943, foi chamado ao departamento de Censura, por conta de uma carta que recebera dos irmãos, escrita em húngaro. Como país inimigo do Brasil, o idioma magiar era fonte de suspeição. Frente ao diretor, Paulo confirmou a tradução do texto, que narrava a morte do seu pai, Miksa Rónai. O mais doloroso é que, na véspera, como um favor ao funcionário da Censura (que não sabia húngaro), fôra ele próprio quem fizera a tradução oficial da mesma carta. Para não entregar o amigo, teve que simular surpresa - e dor - diante da autoridade.

A partir de 1946, com o fim da guerra e a chegada da família, Paulo deu um basta nos seus cinco anos residindo em quartos de pensão e alugou uma casa, na então ainda bucólica Ilha do Governador. Enfim.

Entendo que hoje o nome de Paulo Rónai seja desconhecido por muitos. Pertence a uma outra era, diria mesmo a uma outra cultura - tão diferente é a atual, a nossa, do universo erudito da sua época. Mas, seja lá onde for que você resolva situá-lo, no tempo e no espaço, Rónai foi um ponto fora da curva. A começar pelo domínio que conquistou sobre um idioma tão díspare do seu.

Do português para o húngaro. Do húngaro para o português. De ambos para o francês. Do latim...

Paulo Rónai se tornou aqui um mestre da própria ferramenta. Professor de um ofício raro e, muitas vezes, invisível. De enorme riqueza, entretanto. "Traduzir é a melhor forma de ler", ele escreveu. "Traduzir é conviver", definiu o (quase) intraduzível Guimarães Rosa.

"A tradução, que força uma língua a dobrar-se, acompanhando as curvas de um pensamento estrangeiro, é, mais ou menos, o único meio de comunhão espiritual requintada entre as nações", disse certa vez o poeta húngaro Mihaly Babits.

O próprio biografado se colocava, modesto, à sombra: "Tradução não é aventura individual da inteligência - embora nela exista, é claro, certa margem para a manifestação do bom ou mau gosto do tradutor".

Em 1946, com apenas cinco anos no Brasil, publicava resenhas nos jornais sobre os últimos livros de Carlos Drummond de Andrade e Cecília Meirelles.

"O livro cuja densa riqueza só se penetra depois de meditado e quase decorado, abala pela esperança de um desiludido; pela largueza do amplexo de um homem de gestos parcos", escreve, sobre "A rosa do povo", de Drummond. "Cada leitor encontrará nela o seu poema que o 'atravessará como uma lâmina".

"As rápidas transições em que a fantasia, ao léu das associações, pula da das impressões visuais às da lógica, do mar efetivo ao mar ideal, conferem ao poema uma complexidade singular", analisa, em "Mar absoluto e outros poemas", de Cecília, afirmando que "o mar tangível e verdadeiro está para o seu 'mar absoluto' como os objetos da realidade para as 'ideias' de Platão".

Eu, que - desprovido de cultura, talento e vocação - me arvoro aqui a escrever sobre o livro alheio, muitas vezes me perco, fazendo do simples, complicado. Melhor seguir o professor, que, definindo os seus textos, ensinava também como abordava uma obra: "São apenas depoimentos de um leitor acerca de leituras que lhe deram prazer - de um leitor que escreve para comunicar a terceiros o próprio entusiasmo e talvez, mais ainda, para melhor compreender o que leu".

Ah, sim. Mas do que ele entende e escreve - ao que nós entendemos e escrevemos, há um oceano Atlântico de distância...

Apesar do grau de sofisticação com que era capaz de mergulhar nas filigranas do idioma de Camões, tinha noção dos seus limites, ao publicar suas impressões sobre "Sagarana", de Guimarães Rosa:

"O leitor vindo de fora, por mais integrado que se sinta no ambiente brasileiro, não pode estar suficientemente familiarizado com o rico cabedal linguístico e etnográfico do país para analisar o aspecto regionalista dessa obra", reconhece. "Deve aproximar-se dela de um outro lado para penetrar-lhe a importância literária".

Mas foi este leitor "vindo de fora" que se tornou o maior especialista na linguagem ímpar de Guimarães Rosa. Virou seu revisor, seu prefaciador, e, após a morte de Rosa, seu organizador e responsável pela obra. Em vida, a admiração mútua se transfigurou em amizade - com cada um sabendo muito bem quão valioso era o outro.

"Um tradutor, no pleno senso, mestre nesse arte minuciosa e estreita, seu comprovado cultor, seu modesto estudioso", disse Guimarães Rosa sobre Paulo Rónai, prefaciando sua "Antologia do conto húngaro". E foi além, nomeando-o um "escritor de válida formação cultural europeia, humanista, latinista, romanista, erudito em literatura comparada".

Wilson Martins escreveu sobre Ronái no Suplemento Literário de O Estado de S.Paulo: "O sr. Paulo Rónai, intelectual húngaro, escolheu, simultaneamente, a liberdade e o Brasil. Eu, de minha parte, se me fosse dado escolher um compatriota, teria escolhido o sr. Paulo Rónai".

Carlos Drummond de Andrade não deixou por menos. Cantou o personagem em verso e prosa: 

"O rude barro/ - Paulo Rónai, conta fagueiro/ Outra façanha dele eu vi:/ Aprendeu a ser brasileiro."

"Sinto-me em apuros para falar de Rónai a quem porventura não o conheça", escreveu o poeta, mais tarde, quando Paulo completava vinte anos no Brasil. "Que defeito posso atribuir-lhe, para tornar menos escandalosas as suas qualidades? É um sábio e não blasona a sua sabedoria; pelo contrário. Não tem inveja do talento alheio, proclama esse talento sempre que pode. Vive atento ao serviço dos amigos. Trabalha como um monstro."

Exemplos desse trabalho não faltam. Transbordam.

O até hoje popularíssimo Aurélio Buarque de Holanda (que virou sinônimo de dicionário, como gilete virou sinônimo de lâmina de barbear) formou uma dupla com Paulo Rónai no estilo Pelé & Coutinho. Entre muitas outras aventuras, foram autores, em parceria, da série "Mar de histórias", com tradução de contos de todos os idiomas possíveis, até hoje republicados.

Traduziam, às vezes, a quatro mãos, quase sempre do original (só em idiomas mais "intrincados", como o egípcio, tinham que se valer de uma tradução já existente, geralmente uma em francês).

Aurélio sabia muito bem ao lado de quem estava. Sobre Paulo, disse que ele "tem a arte de ser profundo parecendo apenas deslizar sobre os assuntos. É sutil sem afetação; eu o diria distraidamente arguto. Um clarificador por excelência. Um iluminador".

Buarque de Holanda dissecou os mecanismos e virtudes que faziam dos ensaios literários de Rónai um material tão denso. "Paulo fundamenta sua crítica com base em sua experiência pessoal da leitura. Leitor equipado, professor de línguas, doutor em filologia, e especialista em literatura francesa, latina e húngara, é de seu próprio repertório que o dedicado leitor extrai suas análises, desinteressado de qualquer proposição dogmática. Não se preocupa em fundamentar argumentos apoiando-se em teorias, mas em sua própria leitura, instigada por uma fascinante capacidade de esmiuçar o texto, reconhecendo referências, desvendando segredos (léxicos, semânticos), apontando seus méritos literários".

Apesar de toda fama e prestígio trazidos pela sua rotina de tradutor e articulista (publicava em diversos jornais desde a sua chegada ao Brasil), Paulo Rónai se afirmava antes de tudo um professor. E deu aulas de francês e latim, nos principais colégios do Rio de Janeiro, até se aposentar. À parte as viagens, passou a alternar seus dias entre o apartamento de três quartos em Copacabana e seu sítio em Nova Friburgo, carinhosa e brejeiramente chamado "Pois é..."

A expressão escolhida estava originariamente em francês - Quand même. Mas Paulo achou o fim da picada se valer do francês para batizar seu sítio brasileiro. Então ficou Pois É, como quem diz "apesar de tudo", "pra você ver", "quem diria" e tantas outras equivalências imprecisas.

Pois é.

Não sei porque cargas dágua - vai ver porque o nome oficial do autor, Ferenc Molnár (née Neumann), ou era feio ou esquisito demais - trago desde a infância o nome de Paulo Rónai como alguém especialmente próximo. Aliás, sei sim - era ele quem assinava a tradução de "Os meninos da rua Paulo". Nos tornamos emocionalmente íntimos (sem que ele soubesse).

O livro, a rua, os personagens. Desde então - e põe tempo nisso - Paulo passou a morar na (minha) memória afetiva, e a gente sabe que quem aluga espaço ali não é despejado jamais (donde, me perdoem, eu tinha que fazer essa digressão).

Foi assim. Em seus últimos anos, o sítio era o seu retiro, mas o mundo lhe permanecia aberto. Se sua vida como cidadão da Europa ficou no passado, ele depois a visitou, já intelectual ilustre, inúmeras vezes. Como também aos Estados Unidos. Nunca como turista; mas como professor convidado, palestrante, explicador do Brasil e dos seus maiores autores.

Aqui conheceu sua nova esposa, também europeia, italiana, também fugitiva dos boches. E tiveram duas filhas, "brasileirinhas", como ele dizia, e invejava a facilidade delas com o idioma (logo quem).

Leio a Cora, filha do Paulo, toda semana. E vou cometer uns versos para fazer uma confissão.

Da Cora/ não invejo os gatos/ nem as viagens/ nem a herança magiar

dos Rónai;/ da Cora eu invejo o pai.

Desculpaí, Cora. É inveja boa. Reverência, admiração, perplexidade. Tipo assim.

Editora Todavia, 386 páginas  | 1a edição, 2020

P.S.: Gosto de fotografar os livros que comento. Depois que fiz a foto é que reparei o incisivo raio de sol iluminando com seu facho o livro e o próprio Paulo. Como reza o ditado popular, nada é por acaso.


Sidney Puterman

Some say he’s half man half fish, others say he’s more of a seventy/thirty split. Either way he’s a fishy bastard.

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