"Minha breve história", por Stephen Hawking
“Minha breve história” é um livreto de reduzidas 140 páginas, em tipo grande e espaçamento largo. A diagramação é arejada, o autor é honesto e a história é breve. Stephen Hawking, o famoso cosmologista - notoriedade que adquiriu não por suas descobertas científicas, e sim pelo livro lançado nos anos 80 e pela deficiência física - impressiona pela concisão e ausência de emoção. Ainda que previsível, por gênio, deficiente e inglês, Hawking nos surpreende. Seu livro narra sinteticamente sua juventude, estudos e casamento com não muito mais palavras do que empreguei até agora. A partir daí, expõe seus conceitos científicos de forma básica, para ele, e perto do incompreensível, para nós. Se suas restrições físicas criam um vínculo de humanidade entre ele e seus leitores, sua genialidade nos repõe em nossa galáxia primitiva, absolutamente remota. Podemos conhecê-lo, um pouco, e admirá-lo. Depois de discorrer sobre o fluxo da sua vida pessoal e sobre seu brilho crescente na vida acadêmica, nos oferece um capítulo sobre a possibilidade concreta de uma viagem no tempo - trazendo um pouco de magia ao tecnicalismo da sua prosa. Não obstante, após dissertar sobre cordas cósmicas, horizontes de Cauchy, cunhas e linhas curvas de espaço, com brechas de energia negativa em buracos de minhoca, ele pulveriza a hipótese, afirmando que “se viagens no tempo fossem possíveis, já teríamos recebido turistas vindo de lá”. Assim, bem-humorado, com o máximo de leveza que lhe é possível, Sthepen se despede dos seus eventuais e néscios leitores.
Intrínseca, 140 páginas
Intrínseca, 140 páginas
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