"Cinco dias em Londres", por John Lukacs

segunda-feira, junho 06, 2011 Sidney Puterman

O livro fica ainda melhor para quem o lê em simultaneidade com as "Memórias da Segunda Guerra Mundial", de Winston Churchill - pois situa o leitor no cenário vivido pelo então primeiro-ministro inglês, naqueles difíceis cinco dias que, como assevera o autor, definiram a guerra e, quiçá, o destino do mundo. O relato se debruça no confronto político - de personalidades e de objetivos - entre Churchill e Halifax. Visões diferentes sobre o que significava a ameaça alemã e que resultariam, necessariamente, em atitudes políticas diferentes – e determinantes – da Inglaterra. O panorama era o de um Hitler ameaçador que abocanhava a Europa, e a questão era se cabia aos ingleses negociar concessões ou, desafiadoradamente, não transigir. Hoje, a resposta parece fácil, automática – mas não à época. Provocar a temível máquina de guerra nazista ou “fechar os olhos” à tiranização do continente, aceitando a gentil oferta do chanceler alemão, que propunha a inação britânica em troca de uma promessa de não-agressão germânica? Churchill sabia que, naquele instante, não havia nenhuma maneira para vencer a guerra; mas havia diversas maneiras para perdê-la. Um instantâneo de um momento que decidiu os rumos do século 20. E, como brinde, além do embate entre os políticos ingleses, pode-se acompanhar o meticuloso trabalho de pesquisa de opinião pública feito no Reino Unido, já na década de 30. A publicidade ainda iria beber muito desse tonel.

Jorge Zahar Editor, 205 pgs

Sidney Puterman

Some say he’s half man half fish, others say he’s more of a seventy/thirty split. Either way he’s a fishy bastard.

0 comentários: