"Bilionários por acaso: a criação do Facebook", por Ben Mezrich

terça-feira, novembro 15, 2011 Sidney Puterman

Quando eu soube que estava bombando nos Estados Unidos um filme sobre o Facebook – chegando a ser favorito ao Oscar – não acreditei no que li. Achei que era o supra sumo da futilidade. Um filme sobre um site? What the f…?! Minha surpresa tinha toda razão de ser. Conheci o Face quando ele ainda era um completo desconhecido. Quem mandava aqui era o finado Orkut (ops, foi mal… não é finado? agonizante, vale? moribundo? escolham) e o Facebook tinha um volume inexpressivo de adesões no Brasil. Um antigo colega de trabalho havia me mandado um convite para me "instalar" no site, eu aceitei, mas deixei de lado. Eu já não tinha mesmo perfil no popularíssimo Orkut (aliás, nunca tive) e não vi o menor atrativo em acompanhar a vida de alguém - nem expor a minha - por um site de relacionamento. Cheguei a receber uma meia-dúzia de convites de amizade e deixei todos pra lá. Os anos passaram. O FB se anabolizou e ganhou ares de coqueluche. Dei o braço a torcer. Reativei minha conta. Criei um perfil para a minha empresa (ok, eu tinha segundas intenções ao ativar minha conta pessoal). Mas ainda assim não dava um filme. Porém, com a resenha que li sobre “A Rede Social”, não pude conter a curiosidade. E, como é praxe, resolvi ler o livro antes de ver o filme. Divertidos, ambos. A história é de um nerd marrento, que não pegava ninguém, e seus amigos nerds, menos marrentos, mas que também não pegavam ninguém. Se reuniram e montaram um site. O nerd marrento era o big boss. O nerd financiador era um estudante brasileiro rico, fugido das ondas de sequestro em São Paulo. O site virou um sucesso. O nerd americano passou a perna no ricaço brasileiro. É o que o livro conta e o filme endossa. Mark Zuckerberg, o marrento,  é apresentado como um gênio precoce, desonesto, traiçoeiro e frustrado. Lógico que o cara – que ficou podre de rico – não ia gostar nem um pouco de uma fama mundial sob esse prisma. Você daria o troco? Pois é, Mark, apesar de blasé, também. Veio no livro “O Efeito Facebook”. Olho por olho, livro por livro. Você acha que eu li? adivinhou. E olha que eu tenho o que fazer. Bastante. Mas não resisti. Achei justo que, ao ler, desse ao jovem Zuck o direito do revide. No próximo post eu conto.

Intrínseca,  228 pgs

Sidney Puterman

Some say he’s half man half fish, others say he’s more of a seventy/thirty split. Either way he’s a fishy bastard.

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